“It´s not a race”
Não é uma corrida – esse é o lema do GS Trophy. Esse circuito de desafios que exploram os limites da versatilidade e robustez das motos GS (atualmente a R 1200 GS) e das técnicas de pilotagem off road, surgiu na África do Sul há cerca de dez anos, com o nome GS Challenge. Tomm Wolf, instrutor-chefe da BMW, é o idealizador do GS Trophy, promovido pela BMW desde 2008, a cada dois anos.
A última edição, em 2014 no Canadá, contou com equipes de 19 países – cada uma com 3 proprietários de BMW GS e um jornalista. As seletivas são realizadas em cada país com o padrão definido pela BMW da Alemanha, e até o momento nenhuma mulher conseguiu se classificar e m uma equipe.
Desde 2004 a Country Trax Offroad Riding Academy, em Amersfoort, África do Sul, é um centro de treinamento offroad oficial da BMW Motorrad – o maior do mundo, em uma fazenda de 600 hectares , propriedade de Jan Du Toit. Foi lá que Jolandie Rust, primeira mulher a rodar solo todo o continente africano, em uma F650GS Dakar, treinou para se tornar a primeira mulher instrutora de offroad oficial BMW. No fim de 2014, Jo criou o grupo BMW GS Girls no Facebook, para reunir mulheres que gostam de andar no offroad com suas GS e alimentar o sonho de incluir uma categoria feminina no GS Trophy.
Logo começaram as atividades em vários países, e em março de 2015 eu organizei um “GS Girls Trophy Day” na fazenda do Trinity Ronz ella, com apoio do Aloisio Frazão – ambos membros de equipes brasileiras do GS Trophy.
Em maio veio a boa notícia: a BMW Motorrad convocou mulheres do mundo inteiro para formar uma equipe feminina para participar do GS Trophy de 2016. As interessadas deveriam enviar um vídeo mostrando habilidades no offroad em uma GS e apontar qualidades pessoais para participar do GS Trophy e 10 seriam selecionadas para participar de uma qualificatória na África do Sul em setembro. Como proprietária de 2 motos BMW desde 2012, uma F650 GS bicilíndrica e uma G650 XCountry, eu já tinha bastante material para mostrar o envolvimento com o e stilo GS. Mas a moto oficial do GS Trophy é a R1200 GS, então resolvi encarar o desafio de mostrar habilidades na 1200 – sem nunca ter andado em uma. Achava que seria impossível andar numa moto tão grande e pesada, com aquele motorzão saindo para fora, com meus 1,62 m e 55 quilos. Mas vários amigos proprietários de 1200 diziam que no offroad ela é muito fácil de controlar e que o peso some na hora em que começa a rodar.
Lembrei do Evandro Dalben, que tinha uma 1200 para alugar. Ele disse que a moto estava preparada para o offroad, com todas as proteções, e com suspensão regulável e banco baixo. Isso me encorajou e, munida de uma lista de atividades , fui a Campinas para me familiarizar com a moto. Na expectativa do anúncio da seletiva feminina, fiz amizade com o Pat Horan, membro da equipe do Canadá de 2010 e organizador do Trophy de 2014, que me deu várias dicas de atividades para impressionar a comissão julgadora. Entre elas: rebocar outra moto, passar por um tronco com a roda d a frente de um lado e a
traseira do outro, trocar pneu, fazer a “garagem” – um ziguezague com distâncias curtíssimas para esterçar – passar em lama, areia, brita, atravessar rio e…levantar sozinha a GS 1200!
Em um dia, me familiarizei com a moto rodando entre Campinas e Morungaba, em asfalto e estradas de terra, e no dia seguinte fui até a fazenda do Trinity em Mogi-Guaçu para fazer os exercícios de GS Trophy. Realmente a GS 1200 é dócil e fácil de controlar! Passei na gangorra, água, lama, no tronco , subidas, descidas, cones, páletes, reboquei a moto do Frazão, levantei a moto sem muito esforço e me encrenquei na garagem, pois a técnica do contrapeso com esterço total requer bastante prática, mas conseguimos fazer imagens bem interessantes! No fim de semana seguinte, voltei par a treinar mais com o apoio do Celsinho, que como guia do GS Power Days em 2012 acompanhou a minha primeira incursão no offroad e outras aventuras, e fizemos cenas em um passeio em uma estrada com muitas pedras e subida íngreme e um belo visual no pico do Cruzeiro. Lá falei um pouco sobre como é bacana sair de casa em São Paulo com a moto, chegar num lugar desses e compartilhar a experiência com os amigos. O tal estilo “GS Girl”! Editei o vídeo incluindo fotos de várias viagens, cursos e passeios offroad com as minhas motos e redigi um texto tentando transmitir o tamanho da minha paixão pelas aventuras pilotando uma GS.
A Jo Rust postou alguns vídeos já enviados por candidatas no grupo do Facebook, com excelente qualidade e habilidades técnica s de alto nível! Em 26 de junho encerraram-se as inscrições e contei os dias, bastante esperançosa, até o anúncio das 10 escolhidas em 13 de julho.
Recebi um email da diretoria de marketing da BMW Alemanha informando que fui uma das escolhidas, além de representantes da África do Sul, Austrália, Canadá, Espanha, Estados Unidos, França, Islândia, Reino Unido e Tailândia. Foram mais de 120 inscrições! Em 2 meses embarcaríamos para Joanesburgo, para vivenciar a realização de um sonho.
Não é porque fui selecionada que parei de treinar. Pelo contrário, a motivação agora era conseguir ser uma das 3 escolhidas para ir à Tailândia, fazer parte dessa primeira equipe feminina em um GS Trophy, disputando junto com as equipes masculinas! Comprei uma GS 1200 2 009 e nos fins de semana ia para o “playground” do Trinity. As outras 9 também se empenharam para treinar bastante, várias também compraram GS 1200, e ficou claro que compartilhávamos da mesma paixão e loucura!
Em agosto, fui para o Canadá fazer um passeio que revisitou o percurso do GS Trophy 2014, organizado pelo Pat Horan e com o Brian Kiely, companheiro de equipe de 2010, como guia. A Caroline Stevenson, representante do Canadá, também participou e assim se consolidaram mais amizades que esse espírito GS Trophy promove. O Pat me emprestou sua GS 1200 2014, e pude me familiarizar com o novo modelo, que é mais possante e não tão suave como a minha 2009, mas com uma suspensão incrivelmente melhorada e os modos de pilotagem que incorporam tecnologias que ajudam bastante, como o freio combinado e o ABS inteligente, que permite derrapagens. Rodei 1.500 km, conheci a região maravilhosa da Colúmbia Britânica e aprimorei mais um pouco a técnica.
Fiz o curso Rider Training Offroad da BMW com o Leandro Panadés, e achei bem interessante o método desse curso oficial da BMW. Foi a primeira vez que andei na minha “nova” 1200.
Também é interessante treinar em uma moto menor, e fiz um curso de técnicas de offroad só para mulheres com a Janaína Souza, a fenomenal campeã de enduros. Ótimo para explorar as condições que extrapolam os limites de onde é possível andar numa GS, com trechos de lama pesada, trilhas single track, erosões e passagem de obstáculos grandes.
Participei da qualificatória brasileira do GS Trophy em Brotas, uma prova muito difícil, no primeiro dia na moto própria, um enduro de regularidade com navegação bem complicada em meio a um canavial, mesclado com algumas provas fora da moto que exigiam preparo físico. E no segundo dia o circuito de desafios, com todos os obstáculos típicos já mencionados. A moto escolhida para esse circuito foi a F800 GS, altíssima e impossível de eu pilotar. Mesmo assim tentei, mas não consegui controlar a moto. Rendeu alguns tombos e fotos épicas! Mas valeu a experiência de participar e rever e fazer novos amigos que também têm o espirito GS Trophy! Fui a primeira mulher a participar da seletiva no Brasil.
Finalmente, embarquei para Joanesburgo em 9 de setembro. Junto comigo chegou a Inga Birna, da Is lândia, e fomos fazer um passeio de compras.
Shopping de GS Girls é loja de motos! Fomos â concessionária BMW, onde encontramos a Morag Campbell, a escolhida local, e compramos equipamentos de proteção e acessórios. Ao longo do dia foram chegando as outras “meninas” (a média de idade das selecionadas é 37 anos) e na manhã seguinte finalmente conhecemos a Jo Rust, que chegou de GS, e o Tomm Wolf e as diretoras de marketing da BMW da Alemanha, que nos acompanharam em toda a viagem. Fomos de ônibus até Drakensville, onde estava acontecendo um evento “GS Challenge” com 800 participantes.
Fomos saudadas com uma emocionante apresentação de música e dança nativa e na área de confraternização nos reservaram uma mesa em frente ao palco. Fomos anunciadas com toda a pompa e vários GS riders vieram conversar e declarar admiração e desejar boa sorte na nossa competição! O ambiente não podia ser melhor!
Estávamos ansiosas para finalmente ver nossas motos e começar a aventura! Na manhã seguinte, voltamos ao local do evento e logo na entrada estavam alinhadas 10 GS 1200 brancas, cada uma com um número na bolha e o nome da participante e a bandeira de seu país, além de um capacete Enduro BMW personalizado da mesma maneira. Registrado esse momento de grande emoção, logo ligamos as motos para fazer um passeio pela região.
Para mim foi meio tenso esse início, pois eu havia pedido um banco baixo para a minha moto, e não veio. Mas a diretora da BMW da África do Sul garantiu que conseguiria um para mim no dia seguinte, quando começariam os desafios. Então, com ajuda para levantar o apoio lateral da moto que a minha perna curta não alcançava, e apoiando na ponta do outro pé, saí para o passeio, guiado pela Jo. Passamos em estradas de asfalto, rípio e terra, um pouco de a reia, e consegui me virar com a estratégia de pensar bem na hora de parar.
Voltamos para o evento, onde à noite foram anunciados os participantes da equipe da África do Sul que irá para o GS Trophy na Tailândia.
Na manhã seguinte, saímos pilotando as motos, embaixo de chuva e frio de 10 graus, por 300 km até Amersfoort.
Foi emocionante chegar no Country Trax e ver a imensidão da fazenda e notar os desafios montados em toda parte.
Tomamos um café e logo recebemos as instruções do primeiro desafio: montar a barraca para acampar no menor tempo possível!
Eu já conhecia essa barraca do Gs Trophy do passeio que fiz no Canadá, então não tive dificuldade. Mas fiquei em quinto lugar.
Logo depois, o primeiro desafio de moto. Eu ainda estava com a calça de capa de chuva da viagem, mas foi assim mesmo que tive que começar! Em um
amplo gramado, com os olhos vendados, chegar o mais próximo possível de um cone. Ninguém conseguiu chegar muito perto, é incr ível como o senso de
direção fica totalmente perdido!
Segundo desafio: passar em um percurso derrubando o máximo possível de cones. Em declive, com curvas fortes e um círculo praticamente impossível defazer. Mas para tudo há uma estratégia, e no fim da prova o figuraça Stefan Boshoff, instrutor BMW, sempre falando alguma frase de efeito, como: “a GS voa como uma águia, mas pousa como um piano”, mostrou que bastava evitar o primeiro cone para conseguir derrubar os outros e pontuar bem. Foi a primeira vez, de muitas, que minha moto tombou, mas dessa vez eu quis mostrar que consigo levantar a GS 1200 sozinha! Era permitido pedir ajuda para levantar a moto, ao custo de 30 segundos acrescentados ao tempo da prova. Em algumas provas, andávamos a pé pelo percurso, fingindo pilotar.
Terceiro desafio: segurar uma corda grossa e dar voltas em torno de uma árvore até ficar bem curta, e pendurar a ponta em um prego no tronco. Na demonstração, não foi usado o acelerador, e o piloto segurou a corda com a mão direita e se pendurou para o out ro lado. Mas logo na saída a moto tinha que ser posicionada com um tronco entre as rodas, dificultando bastante o início. Eu resolvi segurar a corda de moto a poder usar o acelerador, mas à medida que ela encurtava, havia o perigo de acelerar demais. Em todos os desafios, colocar o pé no chão faz perder pontos, deixar a moto cair também. E se pedir ajuda para levantar a moto, são acrescentados 30 segundos ao tempo.
Pausa para o jantar, e depois mais um desafio no escuro! Nesse eu fui a primeira – cada desafio ia seguindo a ordem dos números das motos – e entrei num labirinto de fardos de feno com corredores bem apertados. Foi muito divertido usar as paredes de feno para apoiar o pé e a mo to para tentar fazer curvas, mas mesmo assim a moto tombou umas 5 vezes e preferi pedir ajuda do que me acabar levantando a moto cada vez. Entrei em um caminho sem saída e também foi complicado fazer o retorno!
No fim do primeiro dia, eu estava em sétimo lugar. Ainda fazia muito frio, mas deu para dormir bem e feliz na barraca.
Manhã seguinte, fotos com as bandeiras e café da manhã.
Depois saímos para um passeio pela fazenda até a floresta onde estava o primeiro desafio. Uma subida de trilha íngreme em meio a árvores, com muitas folhas, pedaços de troncos, e a descida. Não parecia difícil, mas logo no começo a moto derrapou. Eu não estava acostumada com a potência da GS 1200 nova, e tive dificuldade para dosar o acelerador. O Tomm, no meio da trilha, disse para eu tentar usar apenas dois dos 120 cavalos… na descida, a moto apagou e mais uma escorregada.
Seguimos em um belo cenário, com morros, subidas e descidas que iam se tornando mais desafiadoras, como se fosse um preparo para o próximo, até desafio: uma subida, curva e descida muito íngreme, recheada de pedras grandes soltas!
Acreditei na moto, mas no meio da subida, escorregou – não sei se devia ter subido de segunda… E daí ficou difícil prosseguir, sem pé para apoiar, e escorregando logo na saída. Para ajudar a terminar a prova, posicionaram a moto fora das pedras e entrei novamente acelerando, mas na descida levei outro belo capote, desses que acontecem “do nada”. Mas levantei, e segui para terminar o percurso.
Próximo desafio: andar fora e depois dentro de um círculo em desnível. Também parecia simples, mas na passagem para o nível inferior levei um tombo, e ao tentar sair do círculo inferior, acho que o protetor de cilindro lateral bateu no morro, a moto começou a subir pela parede e levei um capote fenomenal.
Pancada forte no quadril, mas imediatamente o médico de plantão me ofereceu um comprimido de Ibruprofen e um spray, e segui adiante. Vale ressaltar que os equipamentos de proteção que eu optei por usar cumpriram a função de maneira brilhante: um colete integral com protetor cervical, cotoveleira, bermuda com proteções laterais, joelheira articulada, bota de cross e o novo capacete Enduro BMW.
Em seguida, a lama. Um trecho com mato alto uma cratera grande no meio do caminho e no final grama e lama traiçoeira. Fui uma das últimas, não se i se isso foi bom ou ruim, mas atolei apenas levemente, e saí sem me sujar muito. A moto ficou linda!
Pausa para o almoço, a Jo Rust me deu um banho de esguicho, o dia estava quente e foi muito gostoso relaxar um pouco no sol, botar gelo onde doía depois de tantos tombos, e logo depois mais um deslocamento fantástico pela fazenda até uma pista oval onde estavam posicionados cones de ziguezague.
Para começar a prova, era necessário contornar um círculo de cones por dentro. A maneira mais rápida seria fazendo o “donut”, apoiando com o pé. Mas nenhuma menina fez dessa forma. Entrei confiante, mas caí quase no fim do contorno do círculo. Segui adiante, e passei pelos cones sem falhas!
Fiquei muito feliz, e para completar a prova era preciso dar uma volta na pista oval e parar em um quadrado. Me empolguei no fim da volta e fiz uma frenagem forte, mas na hora de parar não consegui segurar a moto e ela terminou deitada. Mas fiquei feliz com o meu desempenho!
E então fomos para o circuito em desnível, com subida forte e piso bem seco e escorregadio. No fim do percurso, era preciso fazer uma recuperação de subida, parando a moto e manobrando até ela apontar para baixo. Essa técnica eu aprendi no curso da BMW, então consegui fazer direitinho. Mas no resto do percurso, resolvi abortar várias curvas em desnível porque não conseguia controlar a moto para não derrapar.
No fim da tarde, foto do grupo no alto do morro. e entramos novamente no labirinto só para diversão.
Depois do jantar, o anúncio dos resultados do dia. Caí para a nona pos ição, mas muito feliz e com uma grande sensação de realização e prazer de fazer parte desse marco na história da BMW!
Fomos dormir cedo, pois no dia seguinte às 6h45 deveríamos estar prontas para uma sessão de fotos com a bandeira! E ainda antes de tomar café, a primeira prova: deslocamento pela floresta e fizemos algumas passagens em uma pista de areia e fomos até uma grande reta com terra arenosa revolvida por trator e um cone em uma das extremidades. O chamado “retorno do elefante” : ir até o cone, contorná-lo e voltar o mais rápido possível , como se quisesse fugir de um animal selvagem.
Entrei olhando para a frente e consegui chegar até o cone sem problemas. Mas na hora do retorno, não dava pé e a moto tombou. Dali em diante, não consegui mais fazer a moto sair sem tombar, me cansei e desisti. Estava dolorida dos tombos do dia anterior e com fraqueza.
Tivemos uma hora para tomar café e finalmente repor as energias e nos preparar para a grande e última prova: o circuito de de safios! A pista fica logo atrás da área onde acampamos. Caminhamos por todo o percurso, que em todas as provas é bem delimitado com tinta branca e setas , e logo no começo, uma barra de ferro pesada, que deveríamos segurar e fazer um círculo.
Depois, uma gangorra de ferro, logo em seguida troncos paralelos e depois um poste de cimento com uma marca onde deveríamos encostar a roda da frente e dar um jeito de recuar sem por o pé no chão (cada pisada custa pontos) passando por um contorno circular com barras de ferro transversais, depois um tronco lombada, e então o tronco para a passagem transver sal, terminando com uma trilha em cava e mais barras de ferro longitudinais. E por fim, a garagem, em declive, e com as “vagas” ficando cada vez mais estreitas!
Durante os reconhecimentos, descontração ao caminhar fingindo pilotar a moto e diversão com as frases do Stefan: “slow is smooth and smooth is fast” (devagar é suave, e suave é rápido). E claro, o lema do GS Trophy, com o sotaque forte (a língua nativa nessa região é o africâner, parecido com o idioma belga flamengo): “it is not a race” !
Nessa prova final eu estava mais relaxada, já com sensação de dever cumprido, e todos os obstáculos eram familiares. Fui a te rceira a entrar na pista e fiquei feliz por passar bem na gangorra e pelo tronco transversal e em metade da dificílima garagem.
Não consegui “zerar” nenhuma prova, e no fim nos disseram que os desafios escolhidos são os mesmos que os homens teriam de fazer, e que eles realmente queriam uma equipe feminina capaz de disputar com as equipes masculinas no mesmo nível.
Para o anúncio das vencedoras, as dez competidoras sentaram em um banco em frente a uma mesa com uma caixa de lenços de papel e todas foram chamadas na ordem da colocação, ganhamos um livro com a história da BMW e um diploma de participação personalizado e cada uma fez um pequeno discurso.
Em décimo lugar, Ying GS, da Tailândia, que após o primeiro tombo no primeiro dia desistiu de participar das provas. Mantive a nona posição, em oitavo a americana Kim Krause, em sétimo Caroline Stevenson do Canadá, em sexto Iciar Tata y, da Espanha, em quinto Inga Erlingsdóttir da Islândia, em quarto Jennifer Huntley, do Reino Unido, e para a Tailândia irão a terceira colocada, a sul -africana Morag Campbell, em segundo lugar a australiana Amy Harburg e em primeiro lugar a francesa Stephanie Bouisson, que já foi campeã no International Six Days Enduro.
Após essa experiência tão marcante, vou continuar treinando para futuras qualificatórias (ainda não se sabe como será a participação feminina nas próximas edições do GS Trophy), desenvolver técnicas para compensar a falta de altura e incentivar e participar como puder do motociclismo offroad com big trails!
Rosa Freitag
Obrigada pela publicação e vamos manter ativo o espírito do GS Trophy!